Pois então... aqui estou eu diante de uma intriga.... me debatendo comigo mesma no meu relativismo... Cansada de enfiar o livro do Da Matta no bolso pra poder tentar compreender o mundo que me cerca.... e nada!
Quero não ter crises de identidade, nem parecer preconceituosa diante de outras pessoas que vivem e pensam diferente de mim... mas me deparo exatamente tendo chiliques com essas 'diferenças' quando elas dificultam meu bem viver....
Fazer o que? Estou longe do meu mundo, me deparo sim com outras lógicas de organização (ou desorganização?!!!) e fico apreensiva...
Sossego um pouco quando falo com outros estrangeiros que estão no mesmo barco... debatendo-se no estranhamento com seus 'outros'... e sentem a mesma apreensão....
Será que é possivel enxergar o outro como ele se vê?
A antropologia simétrica é aplicável de fato....? Conseguimos pensar o outro por ele mesmo? Ou nossas tentativas são vãs e não passam de tentativas mesmo....
Sou uma pessoa criada na cultura cristã-ocidental-capitalista..... sei onde estão as mazelas disso, mas quando tento viver outras formas de filosofia de mundo entro em choque.
Creio que ainda tenho muito a aprender pra conseguir escapar das intrigas intrigantes em que me deparo diante de meu outro.... e enfim compreende-lo por ele mesmo....
E talvez, o proprio fato de me estranhar em comparação com esse 'outro' e dele me julgar e me avaliar seja a maneira mais direta de eu experimentar a sua 'antropologia'... a simetria ou reverso daquilo que sempre fiz.... e que agora me deixo solta pra ser observada e estudada e avaliada por um outro olhar...
Mas... isso não deixa de ser intrigante.... e um tanto assustador.
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