O mar é algo lindo e ao mesmo tempo tão perigoso... no vai e vem das ondas, tão belas e cheias de cor, mas que podem te levar pra dentro do oceano e te engolir.
Uma vez um professor meu comparou a dialética com as ondas do mar.... é... pode parecer meio poético, mas foi interessante pensar nas ondas batendo nas pedras, fazendo aquele barulho gostoso, como uma dialética....uma essência....
Sei lá...
Mas, pensando nas minhas confusões teoricas e metodológicas, acho que olhar o mar me acalma, e ao mesmo tempo me faz pensar mais e mais nas formas como devo proceder diante das minhas indagações.
Trabalhar com coletivos humanos, onde o vai e vem das ondas culturais está presente no cotidiano, e que muda a todo instante, dentro da dinâmica social em que se insere, me faz lembrar que o mar é sempre o mesmo.... mas cada onda é diferente uma da outra... sem deixar de ser mar, mas com a sua peculiaridade, periculosidade, dinâmica, cor, altura, profundidade....
As sociedades humanas também são mares de culturas, onde se misturam coisas, e as coisas que vão pra dentro delas, um dia volta pra praia, trazidas por uma onda.... a cultura de recria a todo instante e a todo instante bate uma nova onda na praia....livre...
O mar guarda segredos, como os povos que mantém coisas guardadas ao meu olhar instigador... mas também traz mistérios, objetos, outros mundos, encurtando as distancias e me mostrando que há muito mais a saber e a revelar... sempre.
O mar não se esgota... não acaba.... se recria...
A cultura human não se esgota, não acaba... se recria...para se manter sempre em construção.
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